quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Galo e a Galinha.

Ontem aproveitei a ausência de aulas, para bater uma bolinha. Coisa rara hoje em dia. Acredito que, devido à ausência de alguns quilos, joguei bem. Pelo menos, ganhamos. No caminho pra casa, parei no boteco e tomei meio litro de cerva gelada. Casa, janta, e banho tomado. Leleco ao lado e bora torcer pelo timão.

Começou fulminante. Guerrero ganhou do zagueiro e tocou com precisão na saída do goleiro. 1 x 0.
Como é sonhador o coração do torcedor. Com o Galo vindo desesperado, podemos golear, pensei. KKK, que ingênuo. Não porque perdemos. A desclassificação foi consequência. Foi a atitude que a gerou o que me decepcionou.
Pausa. Já tem um bom tempo que um bom amigo, chamado Danilo Forster, diz:
-  O Corinthians não pode fazer gol no começo.
Ontem foi mais uma prova confirmando sua teoria. A maior delas.
Retomando. O Galo tomava conta do jogo e o Timão não contra-atacava com eficiência. 1 x 1. O calmo Corinthians, se tornou letárgico. Ao ponto de permitir chutes frontais da entrada da área. 1 x 2. Intervalo de jogo e os mineiros desceram confiantes ao vestiário. Na volta, sua torcida ecoava mais uma vez: EU A-CRE-DI-TO.
Segundo tempo, mais um susto. Maicosuel joga fora um lindo presente enviado por Tardelli. Neste momento comecei a prestar mais atenção no jogo. Estava fácil demais entrar na defesa do Timão. Com alívio, vi meu time começar a prender a bola na frente. Inútil. Victor nem sequer trabalhou. Os segundos em posse de bola diminuíam, os de retomada, tornavam-se minutos.
Tardelli sai aos 28. Novo alívio. Vai dar, pensei um momento antes de Guilherme bater com categoria. 1 x 3.
Assustado, tentava imaginar qual seria o desfecho do jogo. Sob pressão atleticana? Com gol no final? Não, gol no final não.
Quando Fagner desviou pra escanteio uma bola que deveria ser, na pior das hipóteses, mandada para lateral, estremeci. Uma merecida sorte depois e 1 x 4.
O Leleco me perguntou: - Pai, ainda estamos classificados, né? Para em seguida se corrigir: -Não, 4 x 1 é do Galo. E agora?
- Agora precisamos marcar mais um pra classificar.
- E vai dar pai?
- Acho que não. O time está muito mal. Jogando de salto alto de novo.
Nesta hora, eu quis contar-lhe sobre algumas experiência especiais que já vivi. Com o Corinthians conquistando viradas históricas sobre grandes rivais. Mas calei. Não era hora. Deu pra sentir que não. Era um galo forte e vingador batendo em uma Galinha, como bem colocou Juca kfouri.
Ainda fiquei com a impressão de o próprio Cássio cabecearia aquela ultima bola, mas Victor, como um foguete, apareceu entre os corintianos que o cercavam e pôs ponto final ao jogo. Pelo menos foi o que eu e o Cássio pensamos, diferentemente de Fagner, que tirou o golaço do ano das mãos de Marco Rocha.
O SCCP precisa entender que seu ciclo de vitórias já acabou. E não foi ontem.



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