terça-feira, 30 de setembro de 2014

Minha primeira vez no itaquerão

     Há dois anos atrás, eu, um caipira e torcedor do Corinthians, fui à capital a negócios e como me “sobrou” um tempinho, decidi visitar o estádio. Para alguém que reside em uma cidade de 200.000 mil habitantes, cercada por plantações de cana (Santa Bárbara d´Oeste), sair do metrô em Corinthians-Itaquera e ver aquele “monstro” nascendo, foi algo magnífico. Era uma sensação um tanto estranha, ver tamanha obra. Eu percebi ali, o quão caipira sou. É difícil explicar, mas eu acho que minha mente não sabia que algo tão grande poderia ser feito. Poderia ser o escudo são paulino, ou palmeirense a prestigiar a obra e mesmo assim eu me sentiria deste jeito. Mas não. Era o meu amado SCCP. Orgulho. Minha mente se adaptava a uma nova realidade naquele momento. Decidi caminhar ao entorno daquele gigante. Juro, não tinha certeza de que conseguiria dar uma volta completa. Mas fui, e após passar por várias entradas de serviços, me deparei com um pequeno caminho de chão batido. Parecia um tanto perigoso, mas curioso, decidi avançar. Pode parecer bobo agora, mas naquele momento eu estava em um lugar completamente desconhecido. E só. Avançando, cheguei a uma “beirada” de onde era possível ver quase toda a obra. Ficava atrás do gol contrário ao do lado do metrô. Alguns poucos homens estavam ali. Todos com cara de paisagem. Vislumbravam o futuro do time do coração. Meu preconceito me leva a julgar aquelas pessoas como “largados”, “maltrapilhos”, talvez até bandidos. Mas nenhuma palavra rústica foi dita ali. A paz reinava. Mais pessoas chegavam. Pareciam colegas a esta altura. Era como se nos conhecêssemos. Tínhamos algo em comum que nos dava ma sensação de “camaradagem”. Fiquei lá por 2 horas, até que o sol começou a baixar. Fotos, apertos de mão e até um abraço. Pois é, abracei um desconhecido. Mais do que isso, compartilhamos um sonho. Nunca fui ao Pacaembu, infelizmente. Mas nessa arena, já posso dizer que vivi uma experiência única e inesperada que carregarei até o fim da vida. 
    Corinthians, você não é a minha vida e nem minha história Mas é uma boa e bela parte dela. Obrigado. Um dia eu volto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário